A bem da verdade, não sou essa mulher fatal que você pensa que eu sou. Não sou uma beleza estonteante, uma super star, ou fora do comum. Não sou a filosofia intelectual e intocada.
Na verdade eu acredito nos valores que me ensinaram, mais não em frases feitas, retocadas e que ocultam sempre verdades que deveriam ser ditas. Há mim uma série de imperfeições.
Sabe, não sou uma mulher inatingível, sou apenas uma mulher forte com punhos de aço... No íntimo me sinto uma pequena ave indefesa, leve demais para enfrentar o vento, e, deseja ficar no aconchego do ninho e ser mimada até adormecer.
Olhe pra mim, às vezes minha intimidade não tem brilho algum e terá que me amar muito para suportar essa minha impotência.
Queria dividir os sentimentos, os sonhos, as ilusões... sonhos e esperanças que uma mulher comum tem sem omitir nenhum segredo. Mas descobri uma triste realidade: A verdade virou mentira, a transparência é opaca, a amizade virou dissimulação.
A gente só é lembrada quando necessária, e fora disto deixa de existir. Deixa de ter um nome para ser somente "OI" como um ghost mal lembrado e desagradavelmente inoportuno. Sei ler nas entrelinhas... as vezes acho que nasci na década errada. Tenho um caráter e uma moral que preservo acima de tudo. Tenho princípios e valores que já se perderam, e um amor guardado que ninguém já não dá mais valor, porque o atual foi banalizado.
Por isso, prefiro ser verdadeira, mesmo que incompreendida do que passar a vida usando máscaras.
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