Fly: maio 2011

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sexta-feira, 6 de maio de 2011

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 MÃE... UM SER INEXPLICÁVEL

Um sentimento de solidão aperta meu peito.
Sinto tua falta mãe, há tanto tempo
Não te abraço e nem te beijo... Falta-me
o seu afago, o seu sorriso, do seu jeito.
Mãe não devia ir embora. Ficar perto o tempo todo.

Às vezes me sinto como uma criança
Que busca no colo a esperança
Da proteção que seu amor me dava.
Sem pedir nada, abraça e consola
Beija meu rosto e enxuga as minhas lágrimas.

Mãe não devia partir...
Leva embora um pedacinho do coração da gente,
A vida continua... Mas falta o ombro amigo
Aquele colo quentinho, que não olha a idade latente
O seu sorriso eternizado na memória prá sempre.

Mãe... Amor inexplicável
Ventre gerador de vida e esperança
Que embala nos braços sua criança
Sem pensar no que o futuro lhe reserva.
Sem pensar no seu próprio destino... Doa-se.

Se pudesse mudar a vida de um filho... Mãe o faria.
Tirar da prisão, quebrar correntes, mudar o rumo
Limpar as feridas, calar a dor, lutar por sua cria.
Mãe que ama filhos que são de outras
Gerados no coração com amor, estão para sempre presos
Porque coração não tem útero, mas tem vida.


Mães que perderam a alegria. Foram dilaceradas.
Quando lhes arrebataram do seio um pedaço seu,
São tantas as Isabela e João Vitor ceifados da existência.
Que deixaram Mães sem rumo e desesperançadas,
Que mesmo sorrindo, usando máscaras, ocultam a dor.



Mãe... Que não come e não dorme,
Até que o filho chegue em casa.
Muitos viciados vivenciam o horror
Caídos nas ruas, num beco de favela.

Nem se lembram de uma Mãe vivendo só de dor.
Muitas encontram em Jesus a solução para a luta diária,
Permanecem dia e noite de joelhos...  Orando com fé
Para que seus filhos fiquem sempre de pé.


  08/05/2010 - B.H.   Rosangela Ferris                   -      08/05/2011